O deputado estadual Cabo Gilberto demonstrou preocupação com a soltura dos apontados líderes da organização criminosa desmantelada na Operação Calvário. Para o parlamentar a medida coloca em risco a vida e a integridade de outros investigados que romperam com a orcrim e resolveram fazer delação premiada e contar tudo que sabem sobre o esquema.
“Realmente estamos muito preocupados. Pelo que foi demonstrado na investigação do Gaeco, que consta no despacho do desembargador Ricardo Vital, o irmão do ex-governador tem influência em forças policiais, e que a orcrim chegou a contratar uma empresa para levantar dossiês contra adversários e autoridades do estado da Paraíba, e isso revela o quanto são perigosos. Os próprios investigados que fizeram delação contaram que temem por suas vidas. Isso revela o risco que correm, inclusive de morte”, alertou o Cabo Gilberto.
O deputado anunciou que seu gabinete vai encaminhar para apreciação em plenário na Assembleia o envio de ofícios à Superintendência da Polícia Federal, ao coordenador do Gaeco, e ao procurador geral de justiça do Ministério Público da Paraíba, ao secretário de segurança pública da Paraíba, e ao MPF, pedindo reforça à segurança dos investigados que colaboraram com a investigação, a exemplo de Leandro Nunes, Maria Laura Caldas, Livânia Farias e Ivan Burity.
“Nós sabemos que em organizações criminosas quem rompe com o crime e passa a ajudar a investigação e colabora no processo, se torna alvo da ira de quem lidera a orcrim. Quem faz delação demonstra disposição de ajudar os órgãos de investigação, Livânia Farias essa semana emitiu uma nota desmentindo a versão de Ricardo Coutinho no julgamento no STJ”, comentou.
Cabo Gilberto quer garantia de vida aos que fizeram delação e colaboraram com a justiça. “Vejo com muita preocupação essa soltura dos líderes da orcrim, pois as investigações mostram a capacidade deles de agirem, e por isso vejo risco à integridade e a vida dos que antes pertenceram ao esquema , deixaram o lado de lá, e vieram para o lado da investigação, ao revelarem em delação os crimes praticados e a participação dos líderes”, concluiu.
Com Assessoria