Profissionais do sexo de 14 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, participam, em João Pessoa, do 2º Encontro Nacional de Prostitutas, que começou terça-feira (18) e prossegue até hoje, quinta-feira (20). O evento acontece no Núcleo de Teatro Universitário – Teatro Lima Penante, na avenida João Machado, centro da capital.
O objetivo é discutir as políticas públicas voltadas para as prostitutas, a prostituição como trabalho, feminismo e as estratégias de sensibilização desse público com a saúde mental e corporal. A mesa de abertura teve inicio às 9h, com a participação de gestores públicos, mandatos dos legislativos que atuam em defesa dos direitos das mulheres e representações dos movimentos sociais. Mesas redondas, Grupos de Trabalho (GTs) e intervenções artísticas.
O encerramento amanhã contará com um desfile da Daspu, marca criada por Gabriela Leite em São Paulo, que contará com cerca de 30 mulheres se valendo da passarela para exaltar a moda da rua e a beleza das prostitutas em um ato político e em defesa dos direitos das mulheres. Luza Maria explica sobre o objetivo do evento e temas discutidos.” O objetivo é estar discutindo essas novas tecnologias, são vários assuntos principalmente na área da saúde para as profissionais do sexo. Os temas são as parcerias que estamos tendo com as coordenações de saúde do município, que é um projeto que estamos tentando há tempo. Cada município que chega, está fazendo parcerias com as coordenadoras para que a gente fortaleça nossas parcerias”, diz Luza.
O principal debate do 1º dia do evento ficou por conta da mesa ‘Consolidação do SUS e Participação Popular’, às 10h43. A discussão teve à frente representantes do Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Fórum ONG/AIDS.
A presidente da Associação das Prostitutas da Paraíba (APROS-PB), Luza Maria, ressalta que o encontro servirá para discutir as novas estratégias de prevenção implantadas pelo Ministério da Saúde e as formas de aproximar essas ações do cotidiano das prostitutas. “A Apros-PB existe para defender os direitos das prostitutas, mas também para garantir a criação desses espaços em que as profissionais do sexo, representações dos movimentos sociais e gestores trocam experiências e discutem estratégias focadas nas mulheres, em especial, na mulher que trabalha como prostituta. É importante lembrar que a Apros-PB tem feito esse trabalho de prevenção, de cuidado com o corpo e saúde o ano inteiro junto às prostitutas”, afirmou.