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Adiar o pagamento integral da fatura do cartão de crédito pode levar à multiplicação da dívida. Quem não tem dinheiro para pagar o valor total da fatura, terá a dívida corrigida por taxas anuais de juros superiores a 300% – podendo chegar a 875%, segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste).

No início do mês, o governo anunciou de maneira repentina um aumento temporário de tributo para os bancos, o juro médio total do rotativo do cartão de crédito subiu 1,5 ponto porcentual de dezembro para janeiro. A taxa passou para 329,3% ao ano. Segundo o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney,se não houver uma aceleração do ritmo de vacinação, o país corre o risco de um novo retrocesso da atividade econômica no próximo trimestre.

Para Luiz Henrique Garcia, CEO da QuiteJá, plataforma de negociação de dívidas, grande parte desses dados sofreram influência da pandemia. “O brasileiro, por si só, não é educado financeiramente e comete erros muito básicos na questão do seu consumo. Ele considera muitas vezes cheque especial e cartão de crédito como uma extensão da sua renda. Isso é uma situação extremamente perigosa. E devido a carência de recursos nos últimos meses, a procura pela demanda por essas linhas de crédito aumentou mesmo com essas famílias enfrentando uma redução na renda mensal, o que também aumenta o risco da inadimplência”, afirma.