Família Motta dá “volta por cima” e recompõe prestígio político na região das Espinharas

Imagem da Internet

  • Os cinco anos que antecederam  as eleições de 7 de outubro de 2018 foram, talvez, os mais difíceis para a família Motta, uma das mais tradicionais do Sertão paraibano. O deputado federal Hugo Motta perdeu prestígio em Brasília, com a derrocada do aliado todo poderoso Eduardo Cunha, ambos no então PMDB, e viu a avó, Francusca Motta, sucumbir politicamente após ser pega em operação da Polícia Federal.

Francisca perdeu a vaidade e a Prefeitura de Patos. A filha, Illana, mãe de Hugo, também caiu nas garras da PF e chegou a usar tornozeleira eletrônica. Para completar o “inferno astral”, Nabor Wanderley, então deputado estadual, perdeu a eleição de prefeito de Patos para Dinaldinho, filho do seu maior adversário, ex-prefeito Dinaldo Wanderley.

Tudo caminhava para um final melancólico com eventuais derrotas de Hugo e Nabor que, diante do quadro da época, dificilmente conseguiriam renovar seus mandatos.

Foi então que o jovem deputado federal resolveu entrar em cena. Com a força do mandato, Hugo Motta se movimentou, em Brasília, abandonou o MDB do senador José Maranhão e tomou o PRB do pastor Juthay Menezes. Levou o pai à tiracolo, é claro.

Além da astúcia, Hugo contou com a sorte para mudar o jogo e reverter o quadro em seu favor. Faltando poucos dias para as eleições,  o neto de Francisca viu seu principal adversário provar do mesmo veneno que “matou” politicamente a matriarca da família. Atolado em denúncias de corrupção, o então prefeito Dinaldinho Wanderley foi afastado do cargo, por decisão judicial, sendo substituído pelo vice, Bonifácio Rocha, e não conseguiu retornar até agora, mesmo com inúmeros recursos apresentados.

Vieram as eleições e, com elas, o tira-teima que constatou a recuperação do prestígio político da família Motta e a derrocada da família Wanderley. Hugo e Nabor foram reeleitos, enquanto Gustavo Wanderley, candidato a deputado eatadual do grupo adversário, foi um fiasco nas urnas, principalmente em Patos. Perdeu a vaga para um conterráneo,  até então, com pouca expressão política, que nunca havia disputado mandato eletivo: o.médico Érico Jan (PPS). Foi a gota d’água.

A situação acima é apenas mais um exemplo clássico da famosa “roda gigante” que rege a vida humana. A soberba e o desprezo aos que estão embaixo podem levar à queda dos que estão em cima.

 

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