O senador Veneziano Vital anda colhendo os frutos que plantou. Mesmo permanecendo no PSB, do ex-governador Ricardo Coutinho, Vené não apoia a pré-candidatura do seu próprio partido em Campina Grande. E tem lá suas razões.
A esposa de Vené, Ana Cláudia, deve disputar a sucessão municipal pelo Podemos, partido que o socialista controla mesmo sem ser filiado.
Integrante da direção estadual do PSB e “fiel escudeiro” de Ricardo Coutinho, Fábio Maia foi o primeiro a reclamar. Em entrevista a uma emissora de rádio de Campina, Maia disse não entender a postura do ex-prefeito contrária ao partido do qual é filiado, mas avisou que o tema deve ser debatido internamente somente depois das eleições.
Faz sentido. Maia não vai querer medir força com um senador que mantém boa relação com a cúpula nacional do PSB. Seria muita desvantagem.
Incoerência e ingratidão foram termos usados pelo companheiro de partido para definir a postura de Veneziano. Talvez seja exagero, mas que a posição do “Cabeludo” é esquisita, isso é. Cheira àquela velha impressão de prioridade aos interesses familiares.