O ex-presidente da Assembleia Legislativa, Gervasio Maia, era um dos mais cotados para chegar à Câmara dos Deputados nas eleições de 2002. Sua situação era tão cômoda, que ele chegou a “selecionar” apoios para não prejudicar a campanha que teria pela frente. Mas, a “missão” foi abortada. Partidário, Gervasio foi convencido pelos correligionários do PMDB a desistir da postulação para ser candidato a vice de Roberto Paulino, então governador da Paraíba, mesmo contrariando a orientação de familiares e amigos.
Paulino perdeu a eleição para Cássio Cunha Lima (PSDB) e Gervasio faleceu, cinco anos depois, sem realizar o sonho de representar os paraibanos em Brasília.
Na eleição deste domingo (07), o filho de Gervasio, atual presidente da Assembleia Legislativa, deu um passo decisivo para retomar o projeto do pai. Ele foi eleito deputado federal com a maior votação entre os concorrentes à Câmara Federal. Nada menos que 146.860 eleitores reconheceram seu trabalho como parlamentar estadual e depositaram confiança no projeto de Gervasinho na capital da República.
Ao contrário do pai, o filho teve que deixar o agora MDB para seguir o projeto do aliado de primeira hora, Ricardo Coutinho, filiando-se ao PSB. Foi uma mudança necessária que, nem por isso, afetou o “discurso partidário” de Gervasinho. “Estarei em Brasília sempre buscando carrear recursos e apresentar projetos que ajudem a melhorar a vida dos paraibanos e dos brasileiros. Quero ajudar o governador eleito João Azevedo a dar continuidade ao projeto vitorioso de Ricardo Coutinho e do PSB”, afirmou Gervasinho, ao ser questionado sobre a nova “missão”.
Tal pai, tal filho.