O chamado “Golpe do Celular” vem assustando moradores do Sertão paraibano pela crescente incidência dos casos. Os bandidos estäo, a cada dia, mais ousados, quando se trata de “arrancar” dinheiro de forma ilegal dos desavisados.
O esquema funciona através de clonagem de celular, seguida de mensagens através do aplicativo whatssap direcionadas à amigos e parentes da vítima, pedindo dinheiro emprestado. Em outros casos, os bandidos mandam até áudios de crianças chorando para os pais, anunciando falsos sequestros e exigindo resgates.
“Eu já tava pensando em mandar (depositar), mas ele me pediu pouco mais de R$ 400 e eu só tinha uns R$ 30O na conta”, contou o servidor público municipal Dinarte Lucena.
Dinarte, como se pode concluir, quase caiu no golpe para ajudar o amigo Ananias Fernandes Neto, que trabalha no Rio de Janeiro, onde teve o celular clonado.
Ele chegou a desconfiar da situação porque Ananias, mais conhecido por Tatá, costumava se comunicar no “zap” apenas através de áudios e desta vez e, somente desta vez, o fez por mensagem escrita. Tatá também não tinha o hábito de pedir dinheiro emprestado aos amigos.
Dinarte decidiu “investigar” e descobriu que vários de seus amigos, também amigos de Tatá, receberam a.mesma mensagem com pedido de dinheiro. Foi então que teve certeza da clonagem.
“Por pouco, eu não cai no golpe, mas um primo meu, filho de Chaguinhas (um morador local), não teve a mesma sorte e depositou os R$ 400 e tanto que pediram”, afirmou Lucena.
“Fiquei sabendo que a cunhada, ou foi a.mulher. de Lázaro caiu também nesse golpe e depositou mais de R$ 3 mil”, revelou um vizinho de Dinarte, que preferiu não se identificar.
Dinarte e os outros “atores” dessa novela policial moram em Vista Serrana (quase 400 km de João Pessoa), mas Tatá passa boa parte do ano no Sul do país, onde trabalha como vendedor. Todos garantem que o número de casos do “Golpe do Celular” é crescente não só no município, mas em toda região.
A bandidagem não dá trégua.