João Azevedo: a ausência “atrevida” e as medidas “desagradáveis”

Ricardo e João nos velhos e bons tempos (Imagem da Internet)

Se o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) teve acesso imediato ao que disse o governador João Azevedo (PSB) em Alagoa Gramde, no sábado (31), com certeza não sentiu nem um pouco a ausência do ainda aliado no “SOS Transposição”, no dia seguinte.

João manteve a palavra e não compareceu ao evento organizado por Ricardo em Monteiro. Antes disso, ainda mandou duro recado: “Não me furtarei a adotar medidas desagradáveis contra grupos ou pessoas que queiram prejudicar a Paraíba”, avisou.

Embora João mão tenha dado “nome aos bois”, o recado tem endereço certo. Ricardo Coutinho promoveu a manifesrtação contra o Governo Federal justamente num momento em que João Azevedo tenta estabelecer uma “parceria institucional” com Jair Bolsonaro. Em época de “vacas magras”, a ajuda do Planalto é imprescindível aos governos estaduais e municipais, não necessariente com contrapartida política.

O ex-governador não levou em consideração o cenário. Queria que João não só fosse ao evento, mas subisse ao palanque e, de preferência, disparasse críticas contra o governo Bolsonaro sob o argumento de defesa da Transposição.

Para Ricardo, seria a glória. Para João, no mínimo mais uma grande dor de cabeça, principalmente quando fosse em busca de recursos federais para obras no Estado. João caiu fora. Ou melhor, mem entrou.

Não foi a primeira “casca de banana” que o atual governador superou. Em ocasião anterior, Ricardo Coutinho botou “gosto ruim” no G10, grupo de deputados governistas que se define como independente.

Mesmo não sendo mais governador, Ricardo praticamente exigiu que João tomasse medidas mais duras contra o grupo. Gastou saliva à toa. João recebeu o G10 em audiência, posou para fotos ao lado dos deputados e deixou bem claro de que lado estava. Hoje, confia mais no apoio do grupo do que do próprio PSB.

“Não deixarei nunca de tomar medidas agradáveis ou não para grupos e pessoas, desde que o interesse da população esteja à frente”, garantiu o atual governador.

O discurso foi tão duro que até Jackson do Pandeiro, homenageado em evento govermental naquele momento, teria se contorsido no túmulo. E provocou uma curiosidade: que medidas “desagradáveis” seriam essas?

Talvez João tenba deixado para o próximo capítulo dessa conturbada novela.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O blog não se responsabiliza pelo conteúdo exposto neste espaço. O material é de inteira responsabilidade do seu autor