O PT da Paraíba parece ter gostado do episódio ocorrido em João Pessoa, nas eleições municipais do ano passado, quando parte de seus filiados recusou apoio à Ricardo Coutinho, então candidato à prefeito pelo PSB. Ricardo tinha aval da cúpula, mas foi rejeitado pela base petista.
Tanto é verdade, que o partido caminha célere para um.novo “racha” na sucessão estadual de 2022. E o motivo continua sendo Ricardo Coutinho.
A preço de hoje, o partido terá dois palanques para Lula na Paraíba. Um comandado por Ricardo, que deve retornar à sua antiga casa quando setembro chegar.
Nesse palanque, Lula terá apoio do grupo do ex-deputado federal Luiz Couto e dos aliados nacionais. Inclua-se aí, os deputados estaduais Cida Ramos, Estela Bezerra e Jeová Campos, trio que aguarda somente a famosa “janela” partidária para abandonar o PSB é reingressar no PT, seguindo a liderança de Ricardo.
No outro palanque, comandado pelo governador João Azevedo (Cidadania), o presidenciável contará com o grupo do atual deputado federal Frei Anastácio, contrário à volta de Ricardo ao PT e aliado de Azevedo.
Nessa nova peleja interna, a direção partidária tende a ficar dividida, “flutuando” entre os dois palanques quando Lula estiver presente.
Pode não ser uma “Brastemp”, mas a alternativa foi a única encontrada até agora e começa a tomar corpo até mesmo entre a cúpula.nacional.
Glaisy Hofman e companhia preferem claramente o palanque com Ricardo, mas acham que Lula não pode se dar ao.luxo de perder apoio de um governador, o da Paraíba, num.processo eleitoral que promete ser dos mais acirrados.
Em Brasília, Frei Anastácio e Luiz Couto se revezam em constantes reuniões buscando apoios, cada um à sua tese. Na Paraíba, Ricardo e João fazem o mesmo. Tudo como manda o figurino.
Só falta combinar com o.eleitor Paraíbano.