Lula “comemora” aniversário de 73 anos na cadeia e recebe apoio da presidente do PT

Lula continua na cadeia (Imagem da Internet)

No aniversário de 73 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato em Curitiba, nesta sábado (27) a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que o maior presente que ele poderia receber é Fernando Haddad (PT) ganhar as eleições 2018 “e tirar o Lula daqui”.

Integrantes da vigília em defesa do petista fizeram um ato em frente a carceragem da Polícia Federal com bolo e apresentações culturais.

“O maior presente que vamos dar para o Lula é ganhar a eleição. E tirar o Lula daqui. Aqui não é lugar de Lula, o lugar de Lula é na rua, com o povo, defendendo os direitos da população”, disse. Ela contou ainda ter visitado o ex-presidente na sexta-feira e que ouviu dele: “Vocês não desistam nunca.”

O ex-presidente Lula está preso desde o dia 7 de abril, condenado a 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex. Quando Haddad assumiu a cabeça de chapa, foi questionado se concederia um indulto a Lula, negando a pergunta.

No ato desta tarde, a senadora pediu aos presentes ao ato que não se intimidem, não desistam. “Eles não sabem o que falar, por isso gritam, empunham arma, temos que ir para a rua até o último momento”, pediu. “As pessoas estão fazendo campanha espontaneamente, estão virando o voto.”

Gleisi afirmou ainda que com a saída do PT do governo “a voz do povo” foi calada. “Não deixaram Lula dar entrevista durante o processo eleitoral, não deixaram o cantor Roger Waters visitá-lo.”

Ato de aniversário de Lula tem apresentações culturais e bolo de 50kg

Coordenadores de movimentos populares e sociais, como do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), fizeram homenagens ao ex-presidente e também em defesa à candidatura de Haddad. Após o ato, foi servido um bolo de 50 kg, com a inscrição “Lula Livre“, para os presentes.

Um dos discursos mais críticos do evento foi do líder do MST, João Pedro Stedile, que chamou de juiz “de merda” o magistrado que tomou a decisão de inspecionar supostos atos políticos dentro de universidades. Também criticou o posicionamento do ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, a quem chamou de “traidor”.

“Para os ruins, haverá inferno para todos, inclusive para juízes e ministros”, citou o ditado. Ele defendeu ainda uma ampla reforma do Judiciário, fazendo com que juízes – ao menos de segunda instância – sejam escolhidos por votação popular.

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