Nas eleições de 2002, José Maranhão (falecido) e Efraim Morais foram eleitos senadores da República, com direito às duas vagas que a Paraíba tinha direito a ocupar em Brasília.
Maranhão apoiava Roberto Paulino (PMDB), que foi para o segundo turno da eleição de governador com Cássio Cunha Lima (PSDB), causando surpresa devido ao favoritismo do tucano. Efraim.votava em Cássio.
Encerrado o primeiro turno, logo as “más linguas” entraram em cena, dando como certa a adesão de Efraim ao candidato peemedebista, que comandava o Governo do Estado na época.
Efraim havia derrotado nada mais nada menos que o ex-governador Wilson Braga (falecido), favoritismo na diaputa. Assim como o resultado do primeiro turno, o parlamentar de Santa Luzia surpreendeu os adversários e até os aliados, calando a boca dos “boateiros” de plantão.
Ignorando as propostas recebidas e a expectativa quase geral de adesão, o filho de Inácio Bento “arregaçou as mangas” em busca de apoios e votos, tornando-se um dos.peincipais responsáveis pela vitória de Cássio.
Vinte anos depois, a história se repete, embora em circunstâncias diferentes. A eleição em segundo turno ainda está por vir, mas não se pode ignorar os gestos e a disposição do jovem senador eleito.
Efraim Filho foi o “canal” para adesão do prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo. Participou também dos entendimentos com Veneziano Vital e vem atraindo prefeitos, vice-prefeitos e lideranças políticas em todo Estado para o.palanque de Pedro Cunha Lima.
O objetivo mais ambicioso, agora, é conquistar o apoio do poderoso Republicanos, de Hugo Mota e Adriano Galdino, que terá a maior bancada na Assembleia Legislativa a partir de 2023.
Embora o partido esteja na base do governador, já existe um compromisso de Efraim com Hugo para as eleições de 2026. O comandante do União Brasil quer ajudar a eleger o filho de Nabor Wanderley a uma das duas vagas no Senado que a Paraíba terá direito.
É o sonho de consumo de qualquer político chegar ao Senado, incluindo o jovem Hugo Motta, reeleito deputado federal e presidente do Republicanos.
A tarefa não é nada fácil, mas, a essa altura do campeonato, não seria aconselhável ignorar as pretensões do “senador de Pedro”. Efraim Filho já mostrou que dá conta de qualquer recado. Mais que isso, provou por A+B que “foguete não dá ré”.