Quem pensa que o senador José Maranhão, por conta dos seus encargos em Brasília, anda por fora dos bastidores da política paraibanas está redondamente enganado.
Comandante maior do MDB, Maranhão trabalha dia e noite para filiar um “nome de peso”, capaz de encabeçar a chapa majoritária e, acima de tudo, se apresentar com competitividade para enfrentar os adversários no principal colégio eleitoral do Estado.
Opções existem. Algumas até já sondadas, como o ex-senador Cícero Lucena e, mais recentemente, o deputado Walber Virgulino, o “Lampião”. Mas, as dificuldades também são diversas.
No primeiro caso, apesar da afinidade política e da amizade, Maranhão enfrenta a resistência pessoal de Cícero que garante não querer nem ouvir falar mais em candidatura. O “Caboclinho” ainda não digeriu o tratamento que recebeu de aliados bem próximos em elwições passadas.
No caso de Virgulino, a clara disposição mútua para encarar o projeto esbarra na legislação eleitoral. O deputado não tem garantia do mandato em caso de trocar o Patriota pelo MDB, diferente de Cícero que não corre tal risco.
Paciente, Maranhão procura outras alternativas, sem tirar o olho nos dois primeiros alvos. “Ninguém sabe o dia de amamhã”, profetiza o experiente cacique emedebista.
Muito menos na efêmera política paraibana.