O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (20) a distribuição aos estados de 5 milhões de novas doses de vacinas contra a Covid-19. Informou ainda que todas elas deverão ser usadas como primeiras doses, ou seja, não será necessário guardar metade dos imunizantes para garantir a aplicação da segunda dose.
Ainda de acordo com o ministério, a partir de agora todas as vacinas distribuídas devem passar a ser aplicadas, sem reserva de segunda dose, já que há a expectativa de que o governo comece a receber lotes semanais de vacinas devido ao início da produção de imunizante pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Trata-se de uma nova mudança na orientação do Ministério da Saúde para as vacinas contra a Covid-19.
No início da campanha, com base em diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI), 50% das vacinas destinadas pelo governo federal aos estados e municípios foram reservadas como 2ª dose.
Em 19 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou que faria uma mudança na estratégia da vacinação contra a Covid-19, sem guardar metade do imunizante para a 2ª dose. À época, o governo argumentou que o ritmo de chegada das novas doses seria acelerado e, com isso, não seria preciso reserva.
Entretanto, em 24 de fevereiro, a pasta recuou e informou que os estados e municípios deveriam reservar a 2ª dose da CoronaVac para garantir que ela seja aplicada de duas a quatro semanas após a 1ª.
A nova mudança na orientação, para aplicação de todas as doses, sem reserva, vale, a princípio, para as 5 milhões de novas doses anunciadas neste sábado. A orientação deverá ser mantida se a produção e o ritmo de entrega dos lotes previsto pelo governo se confirmar.
Produção nacional
Na segunda (15) a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que entregaria as primeiras doses da vacina contra Covid-19 produzidas pela instituição ainda nesta semana. De acordo com a instituição, seriam 1 milhão e 80 mil doses até sexta-feira (19).
As primeiras 500 mil seriam enviadas ao Ministério da Saúde até quarta (17). As outras 580 mil, até o dia 19.
Ainda de acordo com a Fiocruz, 3,8 milhões de vacinas serão entregues até março. A expectativa é que, no final do mês, a produção diária chegue a um milhão.
As vacinas são envasadas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado da China.
Depois de vários atrasos na chegada do IFA, o ingrediente principal da vacina, no dia 12 de março a Fiocruz recebeu notícia de que a China havia liberado o dobro da quantidade prevista – ainda sem data para chegar.
A estimativa é que produção saia de menos de 4 milhões de doses em março para 30 milhões de doses em abril, mantendo o patamar elevado no mês seguinte.
Com G1