Parece que o prefeito Luciano Cartaxo (PV) só resolve mesmo as coisas “na base da pressão”, como diria o vereador Bruno Farias (Cidadania). O episódio envolvendo gratificações para médicos e outros profissionais da área de Saúde, que trabalham com pacientes infectados com o coronavírus, reforça a tese de Farias.
Primero, Cartaxo concedeu o beneficio apenas aos médicos, desconhecendo o trabalho de enfermeiros, técnicos, auxiliares e maqueiros que também estão “na linha de frente” no combate à covid-19. Não havia, portanto, qualquer justificativa para a discriminação.
A repercussão negativa da medida foi tão grande que gerou até voto de repúdio ao prefeito, por parte das cagegorias discriminadas. Na mídia, então, não houve quem defendesse a decisão de Cartaxo que se viu pressionado a mudar de ideia. E mudou.
Mas, nem tudo ocorre como se espera. E coube ao secretário e fiel escudeiro Adalberto Fulgêncio explicar como seria a “extensão” do pagamento das gratificações.
Fulgêncio deixou claro que nem todos que têm direito receberão o benefício. Somente receberão os profissionais das chamadas “zonas quentes”, que inclui as UTIs e Samu covid-19, e trabalham diretamente com os infectados.
“Trabalhar na linha de frente não é o critério porque eu também trabalho, assim como a Guarda Municipal, Semob e outros”, justificou o secretário municipal de Saúde, alegando ainda que os recursos são extraordinários, vêm de Brasília para combate à covid-19 e não podem ser gastos só com gratificações.
Pelo menos os servidores municipais agora já sabem como conseguir atendimento às suas reivindicações. Mesmo que de forma parcial.