O paraibano Joelison Fernandes da Silva, de 36 anos, morador da pequena Assunção, é conhecido como Ninão, o homem mais alto do Brasil. Com 2,37 metros, Ninão vem mostrando também sua enorme vontade de viver, talvez superior até à sua estatura.
Ninão acaba de sair de uma mesa de cirurgia. Amputou parte da perna direita para implantação de uma.prótese, após ser diagnosticado com uma doença infecciosa chamada osteomielite.
O gigantismo, como induz o próprio nome, é caracterizada pelo excesso de hormônios de crescimento no organismo. A osteomielite ataca os ossos.
Nem mesmo as duas doenças, juntas, conseguiram derrubar o otimismo e a vontade de viver de Ninão. Logo que foi transferido do bloco cirúrgico para o quarto, em hospital de Campina Grande, o gigante da Paraíba fez questão de postar mensagem de agradecimento em suas redes sociais:
“Boa noite minha galera. A cirurgia foi um sucesso. Graças a Deus. Quero agradecer por todas as mensagens de força, de carinho e apoio. Que Deus abençoe a cada um de vocês”, disse Ninão em sua conta no Instagram.
Sem posses, Ninão não teria como pagar as contas do tratamento médico, não fosse sua força de vontade e a ajuda dos amigos e simpatizantes da causa. Certa vez, dois ou trēs anos atrás, encontrei Ninão na “Feijoada do João”,’ em Jaguaribe, pedindo ajuda das pessoas, junto com familiares, para comprar os caríssimos medicamentos que tomava.
Naquela época, o gigante já sentia dificuldades até para entrar no carrinho velho da família.Tinha que andar abaixado. Nem precisa dizer porque.
Devido ao seu tamanho, Ninão passou a ser notícia. Aqui mesmo no blog, sites e televisão. Por onde passava, era solicitado para fotos e filmagens. Sua estatura avantajada ficou famosa, mas só posteriormente veio o interesse da sociedade pelo problema de saúde.
Ninão venceu mais uma etapa. Como ele.mesmo disse, a cirurgia foi um sucesso. Falta agora a implantação da prótese e a convivência com a nova realidade. Mas, pelo espírito vitorioso que demonstra, Ninão certamente dará outra grande lição de vida.