Todo início de legislatura é complicado, principalmente pela inexperiência dos “novatos”. Não todos, mas alguns “afobados” acabam falando “pelos cotovelos” e colocam em risco a própria convivência interna no Poder Legislativo. O fato ocorre nas três esferas.
O deputado eleito, pela primeira vez, Júnior Araújo (Avante), protagonizou um momento semelhante ao propor o “descarte” da bancada oposicionista na composição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.
Segundo o jovem.parlamentar, o governo tem 22 deputados e não precisa da oposição para eleger a Mesa E tem razão, em.parte. Numericamente, é incomcebível pensar em 14 superar 22. Portanto, a situação pode eleger sozinha a Mesa. Mas, e depois da eleição?
Entre os deputados reeleitos, é consenso manter a regra nacional de composição da Mesa do Legislativo seguindo o critério da proporcionalidade, para garantir estabilidade na gestão do Poder. Talvez Júnior Araújo desconheça essa regra.
Além disso, desprezando os.oposicionistas o governo estimularia o não muito raro instituto da traição. Aliás, foi por ele que os governistas foram beneficiados na eleição do primeiro biênio da atual.legislatura.
Talvez Júnior Araujo também não saiba do risco.
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