Operação para volta de Lindolfo Pires caminha “a passos largos”, mas situação de outros suplentes continua na “estaca zero”

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Logo nos primeiros dias de gestão, o governador João Azevedo (PSB) fez uma espécie de desabafo diante da imensidão de cobranças que recebeu por compromissos assumidos durante a campanha eleitoral: “Não tenho como resolver o problema de todos os suplentes”, disparou o socialista, num recado direto aos aliados que não conseguiram votos suficientes nas urnas para garantir vagas na Assembleia Legislativa da Paraíba.

Na ocasião, João acreditava no que estava afirmando. Agora, tem certeza. As dificuldades “operacionais” são bem maiores que na gestão de Ricardo Coutinho (PSB), talvez o governador que mais tenha aproveitado suplentes em toda história política da Paraíba. Não por acaso, o atual chefe do Executivo não conseguiu aproveitar nenhum aliado dos que ficaram “no meio do caminho” na corrida pelas 36 vagas de deputado estadual.

O primeiro passo para garantir a volta de Lindolfo Pires (Podemos) foi dado, com a convocação do deputado Hervázio Bezerra (PSB) para a Secretaria de Esporte e Lazer. Mas, ainda resta acomodar Jutay Menezes (PRB), oposicionista encravado na primeira suplência da coligação “A Força do Trabalho III”. Lindolfo é o segundo e Trócolli Júnior (Podemos), outro aliado do governo, é o terceiro.

O ex-deputado Anísio Maia (PT) não teve a mesma sorte. Apesar de ser primeiro suplente da coligação “A Força do Trabalho IV”, o petista não recebeu até agora nenhuma sinalização de que assumirá vaga. Anísio chegou a dialogar diretamente com o deputado Tião Gomes (Avante), um dos quatro eleitos por sua coligação, mas as negociações não avançaram. Tião não se licenciou e, como definiu o vereador e companheiro de partido, Marcus Henriques, a situação de Anísio continua “na estaca zero”.

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Se Anísio continua “zerado”, quadro pior é o dos ex-deputados Jacó Maciel (Avante) e Zé Paulo (PT), segundo e terceiro suplentes de sua coligação. Os dois vão aguardar o colega ser chamado para, dependendo da conjuntura, alimentar a esperança de voltar à Assembleia ou assumir cargos no Governo do Estado, alternativa não desprezada.

Outros três “fiéis escudeiros” do socialismo também aguardam a “mão solidária” de João Azevedo. Rafaela Camaraense, Raoni Mendes e Dr. Zé Célio são os suplentes da coligação “A Força do Trabalho V”. Raoni chegou a assumir, como suplente, na legislatura passada, mas enfrenta maior dificuldade agora. Ele alcançou apenas a segunda suplência, mesma situação de Lindolfo Pires.

Como se pode ver, a fila é grande e, para complicar mais ainda a vida dos suplentes, não anda.

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