A data não poderia ser mais propícia. No Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, a advogada Mirian Gadelha tentou expor seu ponto de vista sobre o feminicídio (tentativas e ssassinato de mulheres) durante sessão especial na Câmara Municipal de Sousa.

Ativista dos direitos humanos, Mirian certamente não deixaria de citar as agressões que sofreu do ex-namorado, o prefeito Fábio Tyrone (PSB). Mas, foi impedido pelo presidente da Casa, Radamés Estrela, aliado de primeira hora do gestor sousense.

Tyrone está sendo processado e deve responder na esfera judicial pelo ato de covardia. Radamés, por sua vez, deve responder na “esfera moral” pelo também ato de covardia em defesa do correligionário.

Ao sensurar a advogada, o presidente do Legislativo cassou o direito das dezenas de mulheres que estavam nas galerias para ouvir os relatos de Mirian Gadelha. Não só por ser ela uma fas vítimas do prefeito agressor, mas também militar em defesa da causa dos direitos humanos.

Na ånsia de “mostrar serviço ao chefe”, Radamés desrespeitou todas as mulheres sousenses, numa data comemorativa, incluindo as que ajudaram a elegê-lo.

Além disso, parece ter avalizado as agressões de Tyrone. Fato abominante.

Pisou na bola.