“São seis anos desse debate. A gente se depara com a situação de famílias que vivem um drama, e essa Casa não consegue dar a resposta devida, adequada, digna”, lamentou.
Pedro contou a história de Junior e Sheyla, pais de uma criança diagnosticada com síndrome de west que chegava a ter 40 convulsões por dia e após o uso do canabidiol, parou de ter os espasmos, além de ter apresentado avanço na coordenação motora e outros benefícios. Ele ressaltou que além de tratar a síndrome de west, o tratamento com a canabidiol também é indicado para situações de Alzheimer, doença de Parkinson, autismo, fibromialgia, artrite reumatoide e uma série de outras patologias que já mostraram regressão dos sintomas com a terapia.
O deputado argumentou que todo paciente tem direito de fazer a terapia que alivia suas dores. Ele alertou que os colegas não devem misturar os debates e relacionar o tema com a regularização das drogas – assunto totalmente distinto. “Ninguém está sendo a favor das drogas, não façam isso, é triste, desumano e cruel misturar temas e dizer que não se regulamenta para combater o tráfico”, frisou.
Atualmente, a substância só pode ser comercializada pela Clínica Abrace Esperança, em Campina Grande, sendo esse o único lugar do país regulamentado pela Anvisa. Com a aprovação do projeto, será viabilizada a comercialização dos medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa em sua formulação em outros locais, aumentando a oferta e facilitando o acesso do medicamento às famílias.
“Digo com muita tristeza: é uma bizarrice não ter a dignidade de não se votar esse recurso e não dar a resposta a essa matéria. São milhões de brasileiros que esperam que a gente faça um gesto que supere o atraso medieval que distancia a terapia de todos que precisam. A todos que vivem esse drama, quero reconhecer esse trabalho e passar uma mensagem de força. A gente pode demorar, mas esse dia vai chegar”, finalizou o parlamentar.
Com Assessoria de Imprensa