No meio político, a expressão popular “essa alma quer reza” é geralmente dirigida a alguém que se insinua em determinada circunstância ou dá a entender que quer impor algum ponto de vista ou proposta.
No caso do ex-deputado Pedro Cunha Lima, talvez se deva somar todas as hipóteses.
Na visita que fez à Assembleia Legislativa, essa semana, Pedro deixou claro seu objetivo de dar uma “chacoalhada” na desmotivada bancada de Oposição, que tem se contentado com discursos previsíveis de um ou outro integrante no enfrentamento aos governistas em plenário.
Não bastasse a apatia convencional que se alojou na representação oposicionista, um deputado do grupo (Taciano Diniz) se licenciou para dar vaga a um suplente (Nilson Lacerda) “independente”. Ou seja, a Oposição perdeu mais um integrante para a pomposa bancada governista.
E não me venham com essa história de “votar matérias e agir de forma consciente”. Independente, só de Padre Miguel. Ou é Governo ou é Oposição. Ponto final.
Voltando a visita de Pedro, o ex-candidato a governador foi lembrar aos deputados, especialmente os do PSDB, seu partido, que as eleições municipais ocorrerão já no ano que vem e as estaduais dois anos após.
Na entrevista que concedeu depois da conversa com os deputados, Pedro falou como postulante à sucessão municipal em João Pessoa, embora tenha deixado claro que tem compromisso com o colega Ruy Carneiro. “Ruy pode inclusive voltar ao PSDB e ser o nosso candidato. São muitas as alternativas”, explicou.
Coincidência ou não, Padro estava acompanhado apenas dia deputados Tocar Correia Lima e Camila Toscano, do PSDB.
Pelo jeito, a oratória junto aos opoaicionistas não atingiu ainda o efeito esperado.