O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e lideranças locais do PT se esforçam ao máximo para desmembrar o “SOS Transposição” do “Lula Livre”. Sabem que separar “o joio do trigo” é fundamental para garantir o sucesso o evento deste domingo (01), em Monteiro, no Cariri paraibano.
O trigo, no caso, é a luta pela conclusão do canal da Transposição de água do rio São Francisco, medida que garantirá a sobrevivência de grande parcela dos nordestinos que convive com os conflitos da seca, incluindo paraibanos.
O joio é um movimento inglório e natimorto de um bando de derrotados nas urnas para tirar da cadeia um político condenado por corrupção que quase afundou o Brasil, sob o falso e covarde argumento de que estaria ajudando os mais pobres
A dificuldade de distinção, como se pode notar, é imensa porque, da forma direcionada como o “SOS Transposição” foi organizado, ficou a cara do “Lula Livre”.
O primeiro, parece muito mais um ato de campanha eleitoral e afronta ao presidente Jair Bolsonaro que uma manifestação em defesa da Transposição. No comando do evento, estão PSB (leia-se Ricardo Coutinho e aliados) e PT (Gleisi Hoffmann e governadores petistas), principais opositores ao Planalto. Até Fernando Haddad, massacrado nas ur9nas por Bolsonaro, integra a “comissão de frente”.
Alguém viu, até agora, uma manifestação com essas figuras e esse cenário não desaguar no “Lula Livre”?
Não por acaso, muitas lideranças políticas resolveram evitar o trajeto para Monteiro neste domingo, incluindo gente graúda do próprio PSB. O governador João Azevedo, por exemplo, que ensaia a aproximação, mesmo que institucional, com o Planalto, pulou rapidinho essa “fogueira”.
João, mais que ninguém defende a conclusão da Transposição, mas prega também o respeito ás instituições, às autoridades constituídas e à lei.
Mas, nem todos pensam assim.