Em plena pandemia, o prefeito de Santa Luzia, no Sertão da Paraíba, “pisou na bola”. José Alexandre (MDB), mais conhecido por Zezé, até que ia bem até lembrar do próprio salário.
Zezé enviou à Câmara Municipal projeto reajustando não só o seu, mas também o salário do vice, dos secretários municipais e dos vereadores. Tudo “como manda o figurino”. O reajuste só é permitido no final do mandato, valendo para o ano seguinte.
O prefeito só esqueceu de combinar com o Ministério Público, que teria “desaconselhado” a aprovação do aumento alegando que estaria fora do teto permitido. A Câmara Municipal então devolveu o projeto ao Executivo e aprovou, por unanimidade, uma outra proposta, congelando os salários durante os próximos quatro anos.
A decisão foi encaminhada ao prefeito, que não se manifestou dentro do prazo legal previsto de quinze dias sobre o tema. Diante da omissão de Zezé, o presidente da Câmara Municipal, Milton Lucena da Nóbrega, promulgou a lei, seguindo o que determina o Regimento Interno e a Lei Orgânica Municipal.
Desta maneira, o prefeito continuará recebendo R$ 14 mil mensais ao invés dos R$ 18 mil previstos na proposta anterior, devolvida pelo Legislativo ao Execitivo. O vice continua com R$ 7 mil ao invés dos R$ 9 mil, R$ 6 mil para cada vereador e R$ 4.950,00 dos secretários municipais.
Uma economia significativa para o Município nos próximos quatro anos.
Pensando em receber mais dinheiro e agradar aos aliados, Zezé acabou acumulando mais desgaste político para sua campanha de reeleição. Segundo o vereador Damião Alves, o reajuste beneficiaria também parentes do prefeito.
A postura de Zezé representa um verdadeiro acinte, por exemplo, aos beneficiários da ajuda emergencial paga pelo Governo Federal para combater os efeitos da pandemia.
O blog tentou falar com o prefeito, mas não conseguiu. E abre o mesmo espaço para o contraditório, caso seja procurado.