O jovem deputado Pedro Cunha Lima, presidente do PSDB na Paraíba, tem toda razão ao tentar estancar a possível perda do ex-prefeito Romero Rodrigues para o grupo do governador João Azevedo. Pedro sabe que, junto com Romero, as oposições podem amargar outras importantes defecções.
Pedro também sabe que insistir na candidatura de Romero, afastando a hipótese de apoio a outro nome, é a única maneira de evitar a debandada do ex-prefeito campinense e construir a unidade no grupo oposicionista.
Talvez por isso, o dirigente tucano tenha planejado a reunião desta terça-feira, em Brasília, longe das picuinhas e fofocas da terrinha. No encontro, que deve contar ainda com Cássio, Ruy Carmeiro e outras lideranças, os aliados tentarão, mais uma vez, convencer Romero de que o lugar dele é na oposição, onde terá espaço para disputar o Governo do Estado em 2022.
Não é a primeira vez que isso acontece, mas, agora, a situação parece mais complicada. Primeiro, porque Romero tem demonstrado irritação quando se fala na possibilidade de um “plano b” no âmbito oposicionista. Ele parece cansado de tantas especulações negativas.
Depois, segundo os mais próximos”, o ‘vaquerim de Galante” teria se empolgado com os acentos governistas, bem mais efetivos que o estímulo que vem recebendo de alguns aliados.
Pedro e Romero sabem que essa pode ser a “última cartada” na busca de um palanque único na Paraíba para PSDB e PSD.