Dizem por aí que a política é “dinâmlca”. Talvez os políticos sejam mais ainda. Quando era deputado (federal e estadual), José Aldemir Meireles (PP) defendia com unhas e dentes que contratações para o serviço público fossem feita única e exclusivemente através de concursos públicos. Exceto nos casos previstos na Constituição Federal.
Agora, que é prefeito de Cajazeiras, Aldemir mudou de odeia e contratou 16 vigilantes sem concurso público. Dois para cargos em comissão e 14 por Excepcional Interesse Público, instrumento usado com frequência por gestores municipais e estaduais para driblar a Constituição e dar empregos aos aliados.
Pior ainda, Aldemir ignorou aprovados em concurso público que aguardam, há bastante tempo, a convocação para as vagas. Uma incoerência sem precedentes, para não usar outros termos.
Por azar do ilustre e experiente prefeito, o Ministério Público está “vigilante”, em defesa do serviço público e do cumprimento dos preceitos constitucionais.
A promotora Sarah Araújo de Lucena, da comarca de Cajazeiras, já está investigando o caso e deu prazo de quinze dias para a prefeitura encaminhar cópias dos 16 contratos assinados com os novos servidores.
José Aldemir, no mínimo, terá que explicar porque mudou de ideia e passou a contratar sem fazer concurso público. Logo ele que, até um dia desses, “chorava” pelos cantos alegando falta de recursos para pagar pessoal. E chegou a atrasar os salários de algumas categorias.
Pelo jeito, não será nada fácil convencer a promotoria.