Advogados da coligação “João Pessoa no Caminho Certo” expuseram, na coletiva no Sapucaia Hotel, um problema sério que põe em risco o processo eleitoral municipal não somente em João Pessoa, mas no Brasil inteiro. Não por acaso, as chamadas “milícias digitais” são alvo de investigações do Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte judicial do país.
Por lá, o ministro relator Alexandre Morais já reúne elementos mais que suficientes para comprovar a ação criminosa de pessoas contratadas para denegrir a imagem de autoridades públicas, principalmente das áreas jurídica e política. Foi justamente esse o destino do material apresentado aos profissionais de imprensa pelo corpo jurídico que representa o atual prefeito de João Pessoa e candidato à reeleição, Cícero Lucena.
Aliás, esse material talvez esteja em fase tão avançada ou mais que as denúncias e documentação de posse de Morais. Conta até com o resultado de investigações preliminares feitas pelas polícia da Capital, onde aparecem pelo menos dois supostos (ir)responsáveis por falsas notícias, as chamadas “fake news”, disseminadas nas redes sociais com o único objetivo de denegrir a imagem de personagens públicos.
O coordenador jurídico da coligação de Cícero já manteve os primeiros contatos com a secretária do ministro do STF e deve repassar o caso da capital paraibana à Brasília. Certamente, as autoridades federais não deixarão passar em branco as graves denúncias e conclusões policiais relacionadas no “dossiê” paraibano e mais nomes deverão surgir no decorrer das investigações.
É fundamental que a população saiba quem está por traz de tudo isso e, principalmente, quem está financiando os milicianos. Certamente, pessoas interessadas na derrota do prefeito Cicero Lucena, cujo favoritismo apontado pelas pesquisas de opinião pública divulgadas até agora, ameaça encerrar a disputa em primeiro turno.
Quem financia, é tão ou mais criminoso que os executores do trabalho sujo que depõe, não contra Cícero, mas contra a democracia.