As novas regras eleitorais, principalmente o fim das coligações proporcionais, deixou “muito cacique com cara de índio”. Deputado que se considerava reeleito, ano passado, agora corre atrás de uma brechinha em partidos que podem repor sua competitividade.
Damião Feliciano, por exemplo, é um deles. “Dono” do PDT na Paraíba e marido da vice-governador, Lígia Feliciano, o parlamentar achou que seria moleza se filiar a outro partido e assegurar a reeleição.
Feliciano escolheu o que qualquer um escolheria: o PT, que tem apenas um deputado federal pela Paraíba e o pré-candidato à presidente da República favorito nas pesquisas eleitorais.
O paraibano não esperava, mas levou um sonoro “Não” de Lula e seus comandados. Com isso, voltou à estaca zero. Sem perspectivas de vitória nas urnas pelo PDT e sem outro partido que possa lhe acolher em vista.
Mas, Damião não vai desistir tão facilmente. Experiente, ele sabe que, enquanto “bater o coração”, há esperança.