O deputado Tião Gomes (Avante) fez uma avaliação do relatório de sua autoria sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias 2019, no âmbito da Comissão de Orçamento e Finanças, presentado durante reunião na tarde desta segunda-feira (17), na Assembleia Legislativa da Paraíba. Tião disse que houve “grande avanço” nas negociações, inclusive sobre as polêmicas Emendas Impositivas, e destacou o empenho do deputado Adriano Galdino (PB), presidente da Casa, para viabilizar o diálogo com o Governo do Estado.
Gomes explicou que a disposição do governador João Azevedo (PSB) em discutir as reivindicações foi decisiva para manutenção do bom relacionamento entre os Poderes e evolução no fechamento do relatório. “O governador João Azevedo não apenas ofereceu a oportunidade do diálogo, como sinalizou no sentido de atender as reivindicações, dentro das possibilidades do Estado”, sustentou.
Até ai, eram só aplausos e euforia. O clima mudou um pouco após Tião elogiar a postura de João Azevedo em adotar o IPCA (índice oficial de medição da inflação anual do Brasil) referente aos anos de 2017 e 2018 pra corrigir o Orçamento de 2019, do qual também será relator.
O período citado corresponde aos dois últimos anos do governo de Ricardo Coutinho (PSB) que, como revelou Tião Gomes, não teria adotado o mesmo critério no repasse do duodécimo dos Poderes. Deputados ligados ao ex-governador “engoliram no seco” as declarações. Com exceção de Edmilson Soares (PSB), que citou Ricardo como responsável pelo equilíbrio financeiro do Estado.
Tião (e os outros) fez de conta que não ouviu.