Entre decepções e comemorações, os dois exércitos já estão a postos, de armas em punho, prontos para a guerra. Mas, até agora, o suposto rompimento político envolvendo o ex-governador Ricardo Coutinho e o atual, João Azevedo, não ultrapassou o terreno das especulações.
João “pagou para ver” e viu Ricardo asaumir o comando do partido, com aval da direção nacional. Agora, Ricardo “paga para ver” e nåo viu ainda nenhuma atitude do governador em contraponto á sua iniciativa, exceto a ausência na reunião do PSB e na Comissão Provisória Estadual nomeada pela direção nacional e presidida pelo ex-governador.
Ricardo e João não estimulam, pelo menos publicamente e de forma clara, seus seguidores ao enfrentamento e adotem estratégias diferentes de convivência com a crise encravada no ninho girassol.
Enquanto, nos últimos dias, Ricardo ocupou generosos espaços nos veiculos de comunicacão para justificar a intervenção no diretório, João optou pela discrição. Salvo algumas declarações de praxe, normalmente em solenidades públicas, o governador mantém silêncio, como se ainda aguardasse algum fato novo para agir.
Num processo de rompimento consolidado, João já teria recorrido à caneta e Ricardo estaria bradando pelos quatro cantos que seus aliados estavam sendo vítimas de perseguição política. Uma consequência altamente previsível.
Então, por que até agora o Diário Oficial não “circulou”? Porque o rompimento não foi consolidado. A relação política e até pessoal de Ricardo e João está estremecida e não rompida.
No lance mais recente dessa “guerra fria”, Ricardo admitiu “sentar e conversar” com João. Mas, awntado na cadeira se presidente do partido que tomou de Edvaldo Rosas. Embora não tenha ainda dado resposta, aliados garantem que o governador não quer nem ouvir falar na hipótese.
O jeito mesmo é esperar os próximos capítulos para saber se essa novela terá ou não um final feliz.