Atendendo a solicitao de entidades representativas dos policiais, o senador paraibano Cssio Cunha Lima (PSDB), apresentou projeto de lei (PSL) que altera a Lei n 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para conceder porte de arma de fogo aos policiais e aos bombeiros militares inativos. O objetivo alterar o Estatuto do Desarmamento para conceder o porte de arma de fogo aos servidores inativos da Polcia Federal, da Polcia Rodoviria Federal, da Polcia Ferroviria Federal, das Polcias Civis, das Polcias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.
O PSL foi motivado aps a recente deciso pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justia(STJ), ao julgar um Habeas Corpus oriundo de So Paulo, em dezembro de 2014. Pela deciso, “o porte de arma de fogo est condicionado ao efetivo exerccio das funes institucionais por parte dos policiais, motivo pelo qual no se estende aos aposentados”. Os Ministros baseiam essa deciso no art. 33 do Decreto n 5.123/2014, que regulamentou o art. 6 da Lei n 10.826/2003 (a chamada lei do desarmamento).
Controvrsia – Ocorre, no entanto, que o art. 37 do mesmo Decreto n 5.123, de 1 de julho de 2004, concede o porte de arma aos policiais e aos bombeiros militares inativos, desde que observados requisitos, como a propriedade da arma de fogo (as armas de fogo da corporao devem ser devolvidas por ocasio da passagem para a inatividade) e a realizao de avaliao psicolgica a cada trs anos.
Nesse sentido, o senador quer atravs deste projeto evitar que decises judiciais retirem dos servidores inativos dos rgos de segurana pblica o legtimo direito ao porte de arma.
Para o presidente do Clube dos Oficiais da Paraba, coronel Francisco de Assis da Silva, a iniciativa do senador Cssio veio em boa hora pois o entendimento da justia, com base na lei atual, tem sido a de no autorizar que o policial reformado porte uma arma de fogo, “a iniciativa do senador Cssio atende a uma grande preocupao de toda a categoria policial pois passamos 30 anos em confronto com foras da lei e de repente o policial passa a no poder cuidar da sua prpria segurana aps ir para a reforma
Cssio destacou que preciso levar em considerao de que se trata de uma categoria que durante todo o exerccio de suas atividades constri relaes que contrariam a ao dos marginais. E depois da reforma, esses profissionais se tornam vulnerveis e sem o mnimo de proteo sendo vtimas frequentes de represlias e vinganas,, finaliza.
Com Assessoria