Perguntar, não ofende. Já dizia Paulo Santos em seus escritos.
A essa altura do campeonato, grande parte dos paraibanos deve estar fazendo o questionamento acima, principalmente depois que o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) anunciou a vinda de Luiz Inácio da Silva para participar de sua campanha.
Lula, Dilma e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, declararam apoio a Ricardo, candidato a prefeito pelo PSB, mesmo depois que o PT homologou a candidatura do deputado Anísio Maia.
Hoffman chegou a encaminhar ao TRE da Paraíba documento anulando a decisão do diretörio local e confirmando apoio a Ricardo. Em seguida, a ex-vereadora Paula Frassinete (PSB), indicada a vice da chapa socialista, renunciou.
No documento, a direção nacional fala em aliança entre PSB, PT e PC do B, podendo ser o vice indicado por qualquer dos três partidos.
“Ontem à noite mesmo, eu tive a honra de receber um telefonema importante, de uma pessoa que admiro muito porque fez muito pelo povo desse país. E foi o telefonema do presidente Lula que disse que estava muito feliz com a candidatura e estava se preparando para subir para o Nordeste, vir trazer esse abraço, abraçar o povo e trazer esse apoio importante para nossa campanha” postou Coutinho neste sábado, nas redes sociais.
Ricardo já foi do PT. Deixou o partido para se eleger prefeito de João Pessoa pelo PSB, chegando depois ao Giverno do Estado. Ele deixou o PT, mas não Lula. Enquanto o ex-presidente esteve preso, em Curitiba, Ricardo comandou movimento por sua libertação.
Lula deve isso a Ricardo, é verdade, mas pagar a dívida com a desmoralização dos “companheiros” paraibanos talvez seja demais. Até porque, Anísio Maia, Gilcélia Figueiredo, Jackson Macedo, Marcos Henriques e tantos outros valorosos petistas sempre estiveram ao lado de Lula e nunca abandonaram o partido por interesses pessoais ou individuais.
Para chegar à Presidência da República, Lula se aliou a “gregos e troianos”. Renegou suas origens de Esquerda e pagou um “preço alto” pela escolha. Agora, caminha a passos largos no mesmo sentido para garantir sua sobrevivência politica.
Pelo jzito, não aprendeu a lição.