Que a violência anda sem controle ma Paraíba, é fato. Mesmo que as estatísticas oficias apontem para a redução de assassinatos nos últimos anos, a sensação de insegurança nas ruas é inegável e aterroriza cada vez mais a população paraibana, nos quatro cantos do Estado.
Embora seja um problema nacional, a violência serve também, no campo estadual, de combustível para alimentar o eterno “cabo de guerra” entre Governo e Oposição. E no episódio da fuga dos presidiários do PB-1, a Penitenciária de Segurança Máxima, em Jacarapé, a “conta” pelos estragos acabou sobrando para o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB).
Horas depois da fuga em massa, que colocou nas ruas de João Pessoa 105 criminosos de alta periculosidade, aliados de Romero “bateram com força” no comando da Segurança Pública do Estado e no governador Ricardo Coutinho (PSB). Disseram, entre outras coisas, que a violência estava sem controle e cobraram cumprimento de promessa de campanha do socialista de resolver os problemas da Segurança Pública em seis meses.
Para a Oposição, os aliados do prefeito campinense apenas cumpriram seu papel de cobrar solução para os problemas do Estado. Para o Governo, foi pura “politicagem”, diante do fato de que a violência é um problema nacional e não um “privilégio” da Paraíba.
Com base nessa tese, o Governo reagiu. Primeiro, com uma nota oficial. Depois, com declarações do candante da PM, Cel. Euler Chaves, e do secretário de Administracão Penitenciária, todas rebatendo os argumentos oposicionistas.
Houve também resposta prática. Pelo menos 41 dos 105 fugitivos foram recapturados. Mas, nem isso estancou a artilharia da Oposição.
Foi então que entrou em cena o jornalista Tião Lucena, secretário adjunto de Comunicacão Intitucional. Em seu blog, Tião fez uma síntese do trabalho de investigação poñicial, citando o objeto principal da invasão do presîdio: o resgate de Romário Gomes da Silveira, assaltante de bancos e carros fortes preso em Lucena.
Foi a partir daí que Tião enxergou uma brecha para tentar “virar o jogo” em favor do Governo. O auxiliar de Ricardo Coutinho lembrou que Ramarinho, como o bandido resgatado é conhecido, “era assessor do gabinete do prefeito Romero Rodrigues, antes de ser preso como assaltante”.
Aliado de Romero e um dos principais críticos da Seguranca Pública, o deputado Tovar Correia Lima (PSDB) também virou “alvo” da artilharia de Tião. Segundo ele, Romarinho viajava à Brasilia com Tovar, então secretário municipal em Campina Grande, para resolver assuntos da prefeitura e tinha direito até a diárias como assessor.
A Oposição provavelmente deve responder às acusações do secretário girassol. E, pelo temperamento de Tovar, os ataques serão respondidos à altura. ? só aguardar a sessão desta terça-feira, na Assembleia Legislativa.
Esse não foi o primeiro, nem será o ultimo embate entre Governo e Oposição. Principalmente, estando a menos de 30 dias das eleições.