O nome de Adriano Galdino pode até não ser unanimidade, mas parece consolidado como candidato único a presidência da Assembléia Legislativa da Paraíba no primeiro biênio. Galdino surpreendeu os possíveis adversários ao conquistar apoio da maioria da bancada de Situação e da totalidade da de Oposição. Em seguida, mesmo “navegando em céu de brigadeiro”, o ex-presidente entregou o comando das articulações ao governador João Azevedo e ao seu antecessor, Ricardo Coutinho, principais lideranças do PSB. Deu prova inequívoca de partidarismo e gratidão.
Forram dois “tiros certos” que valeram ao parlamentar de Pocinhos a condição de favorito absoluto na corrida pela sucessão de Gervasio Maia.
Na outra ponta, o que até pouco tempo parecia um problema para o comando socialista vai aos poucos se transformando em solução. O deputado Hervásio Bezerra avança a passos largos em busca da mesma condição de Galdino para presidir a casa no segundo biênio. A disputa interna, que antes registrava pelo menos sete deputados, parece ter “esfriado”, levando-se em conta os últimos acontecimentos.
Pretensos adversários como Wilson Filho (PTB) acenaram na direção de apoio ao ex-líder do governo Ricardo Coutinho. Buba Germano, companheiro de partido, fez um desabafo típico de quem “jogou a toalha”, se queixando do abandono de companheiros ao seu projeto.
Pelo menos publicamente, outros possíveis concorrentes como Branco Mendes (Podemos) e Tião Gomes (Avante) cessaram as declarações de “campanha”.
Diante do “caminho pavimentado”, Hervasio resolveu procurar a Oposição para construir o perfil do ecletismo e da proporcionalidade, como prevê a regra nacional adotada nas Casas Legislativas e a “cartilha” socialista. Se conseguir aparar algumas arestas que enfrenta na bancada liderada por Raniery Paulino (MDB), de quem é amigo pessoal, Bezerra dará uma cartada decisiva para encerrar a discussão e fechar a chapa.
É tudo que querem João Azevedo e Ricardo Coutinho.