A crise no PSB vai, aos poucos, afunilando para decisões definitivas das duas alas que disputam o controle da legenda. O primeiro lance foi dado pelo governador João Azevedo, que demitiu a irmã da vereadora Sandra Marrocos do Hospital de Trauma de João Pessoa. Logo em seguida, a Comissão Provisória Estadual, presidida pelo ex-governador Ricardo Coutinho, divulgou nota criticando a falta de estrutura e o uso do partido para “interesses pessoais”.
Coube ao vereador Léo Bezerra, ex-líder socialista na Câmara Municipal, dar o terceiro lance no tabuleiro de xadrez em que se transformou a “queda de braço” entre João Azevedo e Ricardo Coutinho. Filho do deputado Hervázio Bezerra, Léo sugeriu, em alto e bom som, que todos os auxiliares coloquem os cargos à disposição para que o governador possa fazer as mudanças que julgar necessárias.
“Se eu fosse secretário, já teria feito isso. Na situação atual, com essa crise no PSB, o governador deve ficar à vontade para fazer as mudanças, se assim julgar necessário”, afirmou Léo, na Câmara Municipal, na manhã desta quinta-feira (03).
O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, e o próprio João Azevedo admitiram, publicamente, a existência de “fogo amigo” dentro do governo. Mesmo diante da impossibilidade de recomposição com Ricardo Coutinho, o governador tem evitado falar em exonerações, embora muitos aliados não vejam outra saída para evitar prejuízos à gestão.
“Não há mais o que discutir sobre isso (recomposição)”, avaliou Léo Bezerra.