Quando Ney Suassuna “jogou a toalha”, desistindo da disputar a eleio para o Governo do Estado, em 2002, provocou alvoroo no PMDB. Jos Maranho renunciou ao mandato de governador para disputar vaga no Senado e o vice-governador, Roberto Paulino, no s assumiu o Palcio da Redeno como foi feito candidato sucesso estadual. Mas, faltava um reforo na chapa, que tinha o prestgio de Maranho como “carro-chefe”.
Presidente da Assembleia Legislativa e pr-candidato a deputado federal, Gervasio Maia, o pai, foi chamado Granja Santana e convencido pela cpula governista a desistir de sua postulao para ser alado condio de vice. Familiares, amigos e aliados ainda ponderaram, lembrando a Gervaso os riscos de trocar uma cadeira quase certa na Cmara Federal por uma “aventura”, j que, apesar dos altos ndices de aprovao de Maranho, Cssio Cunha Lima (PSDB) liderava com folga as pesquisas para governador. Mesmo assim, o deputado cedeu s presses do partido e deu no que deu.
Quinze anos depois do episdio, Gervasio Maia se viu na mesma situao do pai. S que, dessa vez, a oferta era para disputar o Governo do Estado. O “herdeiro” poltico de Gervaso, mais precavido, preferiu usar da cautela, recuando na hora certa e optando pela busca de uma vaga na Cmara dos Deputados. Gervasinho no descarta nem mesmo concorrer reeleio, dependendo da conjuntura do ano que vem.
A deciso do filho mostra uma das diferenas entre os dois: Gervasio pai, j falecido, era mais emotivo. Por isso perdeu muitas oportunidades e comprometeu seu futuro poltico, em nome do PMDB. Gervasio Filho mais pragmtico, s joga com cartas na manga e tem tudo para transformar em realidade o sonho do pai.