PF faz operação no Senado e prende quatro policiais legislativos acusados de atrapalhar Lava-Jato

Imagem Ed Alves (Correio Brasiliense)

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A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (21) quatro policiais legislativos do Senado suspeitos de atrapalhar investigações da Operação Lava Jato. A ação, que conta com o apoio do Ministério Público Federal, foi pedida pela Procuradoria-Geral da República.

O chefe da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, foi conduzido coercitivamente –quando o investigado é levado a depor obrigatoriamente e liberado.

Segundo a PF, “foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo diretor da polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência”.

Ainda de acordo com a PF, em um dos eventos, o diretor da polícia do Senado “ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador”.

Estão sendo cumpridos nove mandados judiciais, todos em Brasília, sendo quatro de prisão temporária e cinco de busca e apreensão, um deles nas dependências da Polícia do Senado, diz nota da PF. Os mandados foram expedidos pela 10º Vara Federal do Distrito Federal.

A Justiça Federal determinou a suspensão do exercício da função pública dos policiais do Senado envolvidos. A Polícia Federal informou ainda que não está cumprindo mandados em residências ou gabinetes de parlamentares.

Os investigados responderão por associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal que envolva organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos e seis meses de prisão, além de multa.

A operação foi batizada de Métis, uma referência à deusa da proteção, com a capacidade de antever acontecimentos.

Com Estadão

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