Prefeitos recebem “herança maldita” e recorrem a auditorias e decretos para estancar atos dos antecessores

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Boa parte dos prefeitos empossados no domingo (01) tem razões de sobra para estar com dor de cabeça. Seus antecessores deixaram uma verdadeira “herança maldita”, levando-os a recorrer à demissões, auditorias e decretos logo nos primeiros dias de gestão, na tentativa de estancar os efeitos nocivos de atos dos adversários. Contratos e licitações são os alvos principais, mas o grande “gargalo” dos novos administradores parece ser mesmo a folha de pessoal.

Contratações temporárias são tratadas por lei como excepcionais, mas não para a grande maioria doa gestores paraibanos. E com a crise econômica que atinge o país, não há outra saída a não ser as demissões. A redução doas gastos com pessoal não é só uma necessidade administrativa, mas uma obrigação legal. Prefeitos e governadores podem ser responsabilizados criminalmente, caso descumpram os índices estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em Santa Rita, o prefeito Emerson Panta (PSDB) anunciou corte de 30% nos comissionados e temporários para tentar pagar a folha, ainda atrasada pela gestão anterior. Em Rio Tinto, o prefeito Sérgio Naia (PSB) também deve reduzir gastos com o funcionalismo, mas os problemas são tantos que ele não sabe nem por onde começar. Naia enfrentou o mesmo drama de Fábio Tyrone, em Sousa (PSDB), e Márcia Lucena (PSB), no Conde. Os três estão entre os que não tiveram acesso à informações solicitadas durante o período de transição.

Em Bayeux, além de corte de comissionados o prefeito Berg Lima (PMN) anunciou que não nomeará secretários adjuntos para economizar mais. Em todas essas prefeituras, os novos gestores pediram auditorias para obter uma radiografia da situação administrativas, antes do início de governo. Em Cajazeiras, o prefeito José Aldemir fez a mesma coisa. E recorreu a decretos para anular atos da antecessora, Denise Oliveira (DEM). Contratos e licitações foram suspensos ou revogados.

Um quadro lastimável que mostra bem a qualidade de muitos gestores que, para o bem o erário, encerraram seus mandatos no último dia de 2016.

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