A visita do vice-presidente da República e comandante maior do PMDB, Michel Temer, acabou “isolando” ainda mais a ala governista e reforçou a liderança do senador José Maranhão no partido na Paraíba. Não se sabe ainda qual o argumento utilizado, mas, sem dúvida, foi convincente pelo menos para os deputados federal Veneziano Vital do Rego e estadual Nabor Wanderley.
Tal argumento não teve o mesmo efeito sobre os deputados Gervasio Maia e Trócolli Júnior, que continuam formando a ala “dissidente” do partido, mas praticamente garantiu a Maranhão mais um mandato como presidente da legenda. Gervasio e Trócolli fizeram questão do distanciamento e, embora isolados internamente, permanecem no PMDB pregando a manutenção da aliança com o PSB do governador Ricardo Coutinho e o apoio ao candidato socialista João Azevedo, em João Pessoa.
Além das razões partidárias, os dois deputados carregam na bagagem “questões pessoais” não resolvidas com Manoel Júnior, uma delas o processo de reeleição do parlamentar de Pedras de Fogo para presidência do diretório de João Pessoa, cargo pleiteado pelo futuro presidente da Assembleia Legislativa. Não fosse por isso, talvez o “remédio” administrado por Temer tivesse também surtido efeito nos dois “dissidentes”.
A adesão de Veneziano e Nabor não só reforça a candidatura de Manoel Júnior no principal colégio eleitoral, como também tem conotação pedagógica porque aponta para reunificação do PMDB, requisito indispensável a um partido que planeja retomar o poder no Estado a partir de 2018. E como provavelmente serão candidatos a cargos eletivos nas próximas eleições estaduais, não será surpresa se, até lá, Gervasio e Trócolli se incorporarem a esse projeto de reconstrução.
Quem viver, verá.