A mídia nacional deu destaque, esta semana, ao encontro entre o governador de Pernambuco Eduardo Campos e o senador mineiro Aécio Neves, em Recife. Uma conversa franca sobre as eleições de 2014, já que os dois são pré-candidatos de oposição a sucessão presidencial, e precisam montar uma estratégia capaz de derrubar o ainda favoritismo de Dilma Roussef.
O noticiário cita um suposto pacto entre os dois políticos direcionado ao objetivo comum de derrotar o PT. Seria uma garantia mútua de não-agressão, além da formalização de alianças estaduais para fortalecer PSDB e PSB. É aí que entra o caso da Paraíba, onde o atual governador, o socialista Ricardo Coutinho, candidato natural à reeleição, pode ter que enfrentar seu principal aliado e cabo eleitoral no pleito de 2010, o senador tucano Cássio Cunha Lima.
Apesar da pressão que vem sofrendo de aliados, familiares e da própria cúpula do PSDB para ser candidato, Cássio tem procurado empurrar a decisão para o ano que vem. Quer ter em mãos, até lá, mais garantias de sua elegibilidade, além de “preparar o terreno” para um eventual rompimento com o governador. Sua candidatura, portanto, só dependeria dele mesmo e do partido.
Mas, a política não é exata como a matemática. Embora o próprio Aécio Neves tenha estimulado Cássio a disputar as eleições de 2014, o “pacto presidencial” com o PSB de Eduardo Campos pode influenciar em contrário. A não ser que, na contramão do que alguns veículos de comunicação nacionais publicaram, a Paraíba, onde já existe uma aliança entre tucanos e socialistas, não entre nessas negociações.