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Começou a “cheirar mal” essa história do PT da Paraíba ameaçar expulsar os chamados “dissidentes”. Leia-se por “dissidentes” os filiados que insistem em apoiar a gestão e o projeto de reeleição do governador Ricardo Coutinho (PSB), mesmo o PT tendo lançado a advogada Nadja Palitot como pré-candidata ao Governo do Estado.
Pelo menos foi essa a impressão que os próprios dirigentes petistas passaram até agora. E não venham depois o presidente Charlington Machado e seus seguidores tentar convencer a opinião pública do contrário.
Partindo desse princípio, estariam ameaçados os filiados Carlos Alberto Dantas e Marenilson Batista, além de outros ocupantes de cargos de menor relevância no Governo do Estado.
E o deputado federal Luiz Couto, que defende abertamente a reeleição de Ricardo e a reaproximação entre PT e PSB, também estaria passível dessa punição? Couto, inclusive, votou na candidata Estela Bezerra, apoiada pelo governador, para prefeita de João Pessoa em 2012, quando o PT elegeu Luciano Cartaxo.
Os dirigentes estaduais terão coragem de expulsar Luiz Couto, que goza do prestígio e confiança da presidente Dilma Roussef e da cúpula nacional? Outra pergunta que se faz é: porque, quando se fala em punir os dissidentes, o nome de Couto quase não é citado?
O próximo dia 29 foi a data fixada para os ocupantes de cargos nos governos de Romero Rodrigues, em Campina Grande, e Ricardo Coutinho, no Estado, peçam demissão. Do contrário, serão expulsos, segundo os cartolas do PT. O prazo será o mesmo para Couto ou o partido que ainda se considera “diferente” pretende marcar outra data e usar “bodes expiatórios” para novamente enganar o povo?
Perguntar, não ofende.