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O PMDB aguarda apenas a chegada do senador José Maranhão, presidente do partido na Paraíba, para reunir o diretório estadual e definir rumos em relação à sucessão de 2018. A reunião deveria ocorrer semana passada, mas foi adiada por sugestão do ex-governador Roberto Paulino, acatada por Maranhão. Paulino alegou que não havia clima para o debate, principalmente depois que o senador Raimundo Lira passou a defender abertamente a substituição da atual direção partidária.
A nova data deve ser definida até sábado e, no encontro, o PMDB deve primeiro avaliar a proposta de Lira para renovação da sua cúpula. O senador cajazeirense quer o comando do partido para reintegrá-lo ao grupo de Ricardo Coutinho (PSB), de quem é aliado. Maranhão não quer nem ouvir falar em nova aliança com o atual governador. A disputa anda tão acirrada que os dois – Lira e Maranhão – colocaram os nomes à disposição para encabeçar uma eventual chapa do PMDB em 2018, caso seja este o caminho escolhido pela maioria.
Nessa queda de braço, Lira é visto como candidato governista, já que defende acordo com Ricardo Coutinho, e Maranhão como oposicionista, pregando aliança com o PSDB do senador Cássio Cunha Lima e o PSD do prefeito Luciano Cartaxo. O primeiro tem apoio das principais lideranças do partido, incluindo os deputados federais Veneziano Vital do Rego, Hugo Motta e André Amaral, que assumiu em definitivo o mandato após a posse de Manoel Júnior como vice-prefeito de João Pessoa. Mas, Maranhão controla o diretório, a quem cabe decidir o destino do partido.
Numa coisa, as duas alas concordam: fica a cada dia mais provável que o PMDB deve disputar as eleições de 2018 dividido. E como diria Roberto Paulino, isso não é novidade.